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Foto do escritorRenato Endo

“O que é felicidade para você?”

Essa foi a pergunta que deu start ao nosso encontro em plena noite de 4ª-feira, pós super lua em Touro. Juntamos 10 pessoas com diferentes bagagens, repertórios e perspectivas para discutirem e refletirem sobre o tema felicidade.

Felicidade é um assunto complexo, subjetivo e bem pessoal, cada um tem sua definição e forma de lidar com ela. Mas imergindo no contexto, alguns pontos em comum me chamaram a atenção.

1. A capacidade de estar presente

Vamos fazer um exercício rápido? Feche os olhos e imagine aonde você gostaria de estar agora.

Se imaginou na praia? No sítio? Descansando em casa? Praticando seu esporte favorito? Reunindo com seus amigos?

Se sim, você faz parte da grande maioria das pessoas que se imagina em um lugar diferente do que está. Isso porque temos dificuldade de viver o AGORA. Estar presente é essencial para criarmos memórias afetivas que mexem com nossas emoções.

2. Contribuir e impactar A contribuição está entre as maiores necessidades humanas. E perceber o impacto de nossa contribuição é o que nos traz satisfação e realização. Sabe aquela sensação boa que ficamos depois de fazer uma boa ação para alguém? Ou aquele arrepio quando alguém te agradece de coração por algo que você fez?

Ajudar, seja um detalhe ou uma mega mudança, faz muito bem.

3. Foco seletivo Já percebeu que depois que você conhece o cachorro do seu amigo(a), passa a ver mais cachorros daquela raça pela rua? Ou que determinado carro está por todo lugar?

Isso é o foco seletivo, sua mente escolhe o que ela quer e o que não quer ver. É por isso que as pessoas tem diferentes pontos de vista em relação ao mesmo fato.

Para algumas pessoas o inverno significa hibernação. Para outras, significa andar de esqui e tobogã! - Tony Robbins

Ou seja, quando você está deprimido, tudo parece ruim, as coisas parecem conspirar contra você. E quando você está otimista, tudo parece dar certo.



4. Relacionamentos (família, amigos) As pessoas em nossa volta influenciam bastante a nossa felicidade. A forma como nos conectamos e nos relacionamos com elas mexe com nossas emoções e pensamentos. Para muita gente, os momentos mais felizes que lembra da vida são aqueles que compartilhou com outras pessoas.

5. Equilíbrio entre vida pessoal e profissional Várias pesquisas e documentários apontam que as pessoas acreditam que a felicidade está no dinheiro e no sucesso profissional. Por outro lado, vemos notícias de pessoas riquíssimas e bem sucedidas entrando em depressão.

Equilibrar suas metas e objetivos profissionais com suas metas e objetivos pessoais é muito importante.

6. Esvaziar a mente É tanto trabalho, tanta correria, tanta informação no dia-a-dia que nossa cabeça deita no travesseiro a milhão. Estamos almoçando pensando em como resolver um problema, estamos resolvendo o problema já pensando no próximo e esse ciclo é infinito.

Nossa mente também precisa de tempo às vezes. Não é fácil, mas vale a pena exercitar.

7. Curtir a jornada Sonhar é bom. Ter metas e objetivos também. Porque quando nós alcançamos e realizamos eles, sentimos muita felicidade. Mas quanto tempo dura essa felicidade? Dias, horas, minutos?

Riscar a meta da lista é ótimo, mas também precisamos saber aproveitar a jornada que enfrentamos até alcançá-la. A jornada é longa, aproveitá-la pode ser bem prazeroso.

8. Tomar ação Muitas vezes quando estamos animados nós planejamos atividades novas e temos ideias malucas. Passado esse momento de euforia, engavetamos todas essas coisas e passamos horas no Facebook. Esse comportamento tem nome: “procrastinação”.

Tomar ação e se desafiar a fazer coisas novas podem trazer muitos benefícios para sua saúde e bem-estar.

Quer saber mais?

O documentário “Happy”, que está disponível no Netflix, é incrível e mostra diversas formas de interpretar a felicidade e como a cultura influencia na felicidade das pessoas.

Três curiosidades do filme (famoso spoiler):

1) Existe um estudo que diz que aproximadamente 50% da nossa felicidade tem influência genética, 10% tem a ver com as circunstâncias em que vivemos e sobram 40% que temos total controle.

2) O país Butão desenvolveu o IFH (Índice de Felicidade Humana) para mensurar o desenvolvimento do país.

3) Entre os países desenvolvidos a pior colocação no ranking de felicidade no Mundo está o Japão.

Se quando queremos ficar bons em alguma coisa, nós praticamos e dedicamos tempo àquilo, qual a chance de sermos felizes sem refletir e dedicar tempo à nossa felicidade?

If you don’t know where you are going, any road will get you there! - Lewis Carroll

E você? Tem parado para pensar sobre o assunto?



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